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terça-feira, 25 de maio de 2010

CÚRCUMA ( AÇAFRÃO)

A cúrcuma, também conhecida como turmeric, açafrão da índia, açafrão da terra, gengibre
dourado e mangarataia, é a planta de nome científico Curcuma longa L.
Não confundir com o “Açafrão Verdadeiro” utilizado nas “paellas” espanholas, que é dispendioso
e corresponde aos estigmas dessecados da bela flor amarela ou vermelha da planta Crucus
sativus, planta de clima mediterrâneo, não cultivada no Brasil.
A cúrcuma possui flavor característico, aroma picante e sabor amargo são classificados como
especiaria na maioria das classificações encontradas (AOAC, 1995).
Contém, em maior proporção, o amido e em menor quantidade proteína, lipídeos e fibra, além dos
pigmentos curcuminóides e dos óleos essenciais.
São três os pigmentos curcuminóides - curcumina, desmetoxicurcumina e
bisdesmetoxicurcumina - presentes no rizoma nas concentrações de 60, 22 e 18%,
respectivamente (GOVINDARAJAN, 1980).
Os principais componentes dos óleos essenciais são turmerona, dehidroturmerona e cetonas
aromáticas (zingibereno, alfa-felandreno, sabineno, cineol e borneol) em menores proporções
(VIASAN et al., 1989; MATA et al., 2004).
São três os produtos da cúrcuma disponíveis no mercado: a cúrcuma em pó, a oleoresina e a
curcumina purificada. Estes têm sido utilizados como corante vegetal para colorir alimentos e
bebidas, como condimento, como flavorizante e como medicamento (MARTINS & RUSIG, 1992,
MESA et al., 2000).

Histórico
A Curcuma longa é originária da Índia e está distribuída pela China, Oriente Médio, Formosa,
Indonésia, Java, Filipinas, Caribe, norte da Austrália e América do Sul. A cúrcuma e o açafrão
são empregados na culinária, com objetivos semelhantes. A cúrcuma foi introduzida no país por
volta de 1980, resultando em boa produtividade, devido às condições climáticas ideais para o
seu cultivo. O emprego da cúrcuma em alimentos como sopas desidratadas, molhos, produtos
cárneos e de panificação, sobremesas à base de ovos e queijo prato, dentre outros, advém das
substâncias flavorizantes presentes e responsáveis por seu odor característico, além de seu
poder corante.
A cúrcuma (Curcuma longa L.), conhecida no mercado internacional como "turmeric", tem sua
importância econômica devida às peculiares características de seus rizomas.
Com a proibição do uso de pigmentos sintéticos nos principais países da América do Norte e
Europa (MAIA,1991; RUSIG & MARTINS, 1992), tem-se buscado alternativas naturais, dentre
as quais se vislumbra a possibilidade de participação da cúrcuma neste atraente e crescente
mercado de aditivos naturais de alimentos.
Além de sua substância corante - a curcumina, contém óleos essenciais de excelentes
qualidades técnicas e organolépticas (DUARTE et al. 1989), com características antioxidante e
antimicrobiana (PRUTHI, 1980), que juntos possibilitam estender sua utilização aos mercados
de perfumaria, medicinal, têxtil, condimentar e alimentício. Neste último, crescente é a
participação da cúrcuma, como por exemplo, amido para confecção de bolos, e, principalmentecomo corante em macarrões, mostardas, sorvetes, queijos, ovos, salgadinhos tipo “chips”,
margarinas e carnes. Nestes dois últimos alimentos, além de conferir cor, a cúrcuma poderá,
num futuro próximo, ser utilizada com finalidade antioxidante.
CORT (1974), avaliando atividade antioxidante de várias espécies, verificou que a cúrcuma foi a
segunda colocada entre as mais potentes. RAMASWAMY & BANERJEE (1948) constataram que
o pigmento fenólico curcumina, presente na cúrcuma, é o responsável pelas propriedades
antioxidantes.
Sua aplicação na área medicinal ocorre principalmente na medicina tradicional da Índia, China e
Japão, como aromático, analgésico e Tsukeiyaku, droga contra distúrbios microcirculatórios,
tal como trombose (SUGAYA, 1992). Outras propriedades medicinais da cúrcuma reconhecidas
pela farmacopéia asiática são: estomáquico, estimulante, carminativa, expectorante, antihelmíntico,
antiinflamatório e dermatológico. OLIVEIRA & AKISUE (1993) reportam uso
terapêutico da cúrcuma como tônico, aromático e estimulante de funções digestivas.
Indicações
O interesse pela cúrcuma tem aumentado significativamente nos últimos anos. Isto
se deve ao fato de ser um produto natural e possuir características de cor semelhantes às
da tartrazina, corante amarelo sintético muito utilizado na indústria alimentícia e
farmacêutica, que tem provocado reações adversas ao homem (SAFFORD & GOODWIN,
1985; GOLDWYN, 1997; SOMASUNDARAM et al., 2002).
Além disto, a cúrcuma é bastante conhecida e explorada pela medicina asiática tradicional,
sendo amplamente utilizada como digestivo, carminativo, anti-espasmódico, antioxidante,
anti-diarréico, diurético, excitante, nas doenças do fígado, como tônico no tratamento de
úlceras, no tratamento de tosses e resfriados comuns e, externamente, como pomada na
cicatrização de feridas (GOVINDARAJAN, 1980; AMMON & WAHL, 1991; RAMIREZ-BOSCÁ
et al., 1995; DUKE, 1997; SHOBA et al., 1998, GUL et al., 2004).
Em outras publicações, a cúrcuma, em suas várias apresentações, aparece associada à atividade
antiparasítica(ARAÚJO, 1998, 1999), anti-HIV (MAZUMBER, 1995) e antitumoral (HUANG,
1998).
Vários estudos têm confirmado as atividades antioxidantes, antinflamatórias, antimicrobianas
e anticancerígenas da cúrcuma (ASAI et al., 1999; GUL et al., 2004).
A maioria dos trabalhos descritos na literatura atribui efeitos nutracêuticos aos pigmentos
curcuminóides.
O poder nutracêutico da cúrcuma pode ser atribuído principalmente aos componentes fenólicos,
que exercem efeito antioxidante. Os pigmentos curcuminóides possuem duas hidroxilas
fenólicas, sendo um composto ß- dicarbonílico, e um grupo dicetona, tendo sido considerados
como as principais classes de metabólitos responsáveis pelas propriedades nutracêuticas do
rizoma da cúrcuma, seguidos dos óleos voláteis: zingibereno, felandreno, cineol, sabineno e
borneol (LACHANCE et al., 1997).

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